Caatinga: Potencialidades Econômicas

Vamos conhecer algumas utilidades e o valor de algumas plantas do bioma caatinga.
A entrecasca do juazeiro é rica em saponona e contém anticárie, aproveitada atualmente na confecção de dentrifício. No Nordeste, além do juazeiro, outras plantas fornecem matéria-prima, como a carnaubeira, que é uma grande produtora de cera extraída das folhas, além de sua fibra ser usada na confecção de chapéus e esteiras; o palmito, retirado da haste superior, do qual é produzido vinho, vinagre, sacarina e fécula. Seus frutos são nutritivos e suas raízes têm aplicação medicinal. A carnaubeira é encontrada nas várzeas e estuários, pois é bem adaptada a solos salinos, nos estados do Ceará, Piauí e Rio Grande do Nortee, embora exista algum plantio da espécie, predominam como vegetação nativa. No Rio Grande do Norte, grandes áreas de ocorrência dessa palmeira foram substituídas pelas salinas.
Ouros compostos podem ser extraídos das plantas nativas. Da mangabeira, maniçoba e maçaranduba, são extraídas gomas. O látex da maniçoba foi explorado no século passado quando, devido às guerras, o Brasil deixou de ter acesso à borracha oriunda da Ásia. Da casca do anjico, é extraído tanino, que é utilizado na curtição de couro. Atualmente essa substância vem sendo substituída por produtos sintéticos.
O fruto do juazeiro é rico em vitamina C e é apreciado pelas crianças e adultos sertanejos. Dentre as frutas típicas da caatinga, destaca-se também o umbu, que tem um grande potencial de exploração, com a produção de polpa congelada, doces e geléias. Para que o seu cultivo em larga escala seja efetivado, ainda são necessários mais estudos de processo de seleção e melhoramento genético e técnicas de produção. Pela sua importância, o juazeiro foi chamado "árvore sagrada do sertão" por Euclides da Cunha.